O Secretário Regional da Agricultura e do Desenvolvimento Rural visitou hoje, na ilha Terceira, ações de exploração e replantação de florestas públicas exploradas por empresas locais, que prevê o corte, a florestação e a manutenção das áreas cortadas por parte dessas empresas, garantindo a sustentabilidade ambiental.
“A vantagem deste processo está muito associada ao facto de, por um lado, estarmos a vender a madeira de ‘cryptomeria’ que já está em idade de exploração, alguma dela já com mais de 40 anos e, em simultâneo, estar-se a proporcionar às empresas uma dinâmica económica, disponibilizando essa madeira às mesmas”, defendeu o governante.
Com isso, continuou, “estas empresas correspondem àquilo que são as necessidades dos seus clientes e, ao mesmo tempo, ajuda-as a manter postos de trabalho e a gerar emprego na Região, que é efetivamente, um fator muito importante”.
Numa perspetiva mais ambiental, o Secretário Regional sublinhou a importância do processo, tendo em conta que, de uma forma imediata, o operador está obrigado a proceder à exploração florestal, a proceder à sua limpeza e replantação posteriormente.
“Desta forma, salvaguardam-se as questões ambientais do ponto de vista paisagístico, da conservação dos solos, do regime hidrológico e restabelece rapidamente o potencial produtivo destes solos, com vista a obter uma nova revolução de ‘cryptomeria’, para que no futuro, daqui a duas ou três décadas, possa voltar a ser explorada”, acrescentou.
O concurso público internacional para a venda de madeira da espécie ‘Cryptomeria japonicq’ prevê o corte de 33,91 hectares, que se distribuem por seis lotes de madeira, 30 parcelas, o que representa cerca de 28 mil m3 de madeira, 21 mil toneladas.
Foram três as empresas adjudicatárias, tendo sido distribuídos dois lotes a cada uma das empresas, designadamente, a Márcio e Francisco, Madeiras Lda.; a ETMAL, Empresa Terceirense de Madeiras, Lda. e o empresário André Mendes.
A consignação foi efetuada a 17 de outubro de 2023, pelo valor de cerca de 346 mil euros, tendo o prazo de execução até 31 de março de 2024.
O Secretário Regional adiantou que que foram vendidas cerca de 30 mil árvores, o que significa que o preço médio por árvore foi de €11,68 e que serão replantadas, pelas restivas empresas, 141 mil plantas de ‘cryptomeria’, que serão fornecidas pela Direção Regional, através do Serviço Florestal da Terceira a título gratuito.
“Este é um bom exemplo de uma gestão florestal ativa, em que, por um lado se garante a vertente económica e, por outro, a sustentabilidade e a conservação ambiental, tendo conta a importância da floresta na Região Autónoma dos Açores, quer por questões ambientais, como sociais e recreativas”, adiantou António Ventura.
“No fundo, acrescentou, estamos a colocar em prática a função social do perímetro das áreas públicas, como acontecia há alguns anos atrás, só que desta feita, através das empresas locais, potenciando a sua sustentabilidade económica e a manutenção e criação de postos de trabalho”, concluiu.